Para quem recebe seguro-desemprego, uma má notícia: o reajuste de 12,048%, decorrente do aumento do salário mínimo, não chega a ser proporcional ao aumento da cesta básica na maioria das capitais, segundo Clóvis Scherer, supervisor do escritório regional do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), de acordo com a Agência Brasil.
A pesquisa nacional do Dieese, publicada no início de janeiro, apontou que apenas Belém, Goiânia, São Paulo e Belo Horizonte o aumento do preço dos alimentos não chegou a ser superior ao reajuste do seguro.
Com o reajuste, o menor valor do benefício será R$ 465 e não passará de R$ 870,01.
Cesta cara
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica, do Dieese, a cesta de alimentos ficou mais cara em todas as capitais em 2008.
A maior alta ficou com Natal, que registrou 26,73%, custando R$ 212,80, um aumento bem maior que os 12,048% de reajuste do seguro-desemprego. Belém foi a capital que apontou a menor alta do ano, registrando aumento da cesta de 4,76% e fechando o ano custando R$ 199,05.
Cálculo
Veja as novas faixas de enquadramento para o cálculo do valor do seguro-desemprego:
Menor faixa (até R$ 767,60): o trabalhador deve multiplicar o salário médio por 0,8 (80%). Assim, o valor máximo da parcela é de R$ 614,08.
Faixa intermediária (de R$ 767,61 a R$ 1.279,46): o que exceder a R$ 767,60 multiplica-se por 0,5 (50%) e soma-se a 614,08.
Maior faixa: àqueles cujo valor do salário médio dos últimos três meses ficou na faixa máxima, acima de R$ 1.279,46, a parcela do seguro-desemprego será de, no máximo, R$ 870,01.
* Fonte: UOL Economia