Uma grande e forte massa de ar frio de origem polar avança sobre o Brasil durante a primeira semana de julho de 2019. Entre os dias 1 e 8 de julho, o país deve sentir um resfriamento muito intenso, que ocorre poucas vezes durante um inverno. Muito provavelmente será a mais intensa de 2019 e talvez só tenhamos uma com esta força este ano. No Espírito Santo, o frio mais forte é esperado para o próximo fim de semana. Pelas previsões, as regiões mais altas do Estado ficarão com temperatura em torno dos 5 graus, segundo o Instituto Climatempo.
O meteorologista do Incaper, Hugo Ramos, disse que a instituição acompanha a evolução do sistema e que um prognóstico mais preciso só poderá ser emitido mais próximo à chegada do fenômeno. "O que podemos reforçar é que a população acompanhe a previsão do tempo por meio dos nossos boletins. Caso exista queda brusca de temperatura, vamos emitir os alertas e as pessoas poderão se prevenir para enfrentar a friagem dos próximos dias", informa.
Geada
O Climatempo informa que é possível a formação de geada nas áreas de grande altitude na divisa de Minas Gerais com o Espírito Santo, como a serra do Caparaó. O frio esperado desta massa de ar polar tem potencial para provocar temperaturas negativas no Sul e próximas de 0°C em alguns pontos do Sudeste e no Centro-Oeste. Mas o frio de 10°C poderá ser sentido na Bahia e em áreas do centro-norte de Goiás.
No Sul
O resfriamento desta massa de ar frio começará a ser sentido sobre o Sul do Brasil no dia 1 de julho, mas só a partir do dia 3, quarta-feira, começa a se espalhar pelo país. O pico desta onda de frio deve ser nos dias 5 e 6 de julho de 2019.
A chegada desta massa polar confere com a previsão climática feita pela Climatempo de que o frio do inverno de 2019 ficará concentrado em julho. A previsão deste resfriamento extremamente forte na primeira semana de julho não muda a previsão de que o inverno de 2019 terá poucos eventos de frio e é sob a influência de um El Niño fraco.
Precipitações sólidas de inverno
O resfriamento esperado para a primeira semana de julho é muito intenso, mas além disso há fortes indicações de que poderemos ter precipitações sólidas de inverno no Sul do Brasil. Isto significa que podem ocorrer não só a neve em flocos, mas outros fenômenos como chuva congelante, chuva congela (queda de pedrinhas de gelo) chuva e neve ao mesmo tempo.
As simulações feita pelos modelos de previsão atmosférica GFS (Estados Unidos) e ECMWF (Europa) apontam para a combinação de frio intenso desde as camadas de ar próximas ao solo até níveis médios e altos da atmosfera, acima de 5000 metros, pressão do ar baixa e uma circulação de vento favorável a entrada de umidade sobre o Sul do Brasil, que são condições necessárias para a formação das precipitações de ar muito frio.
Se as condições forem confirmadas nos próximos dias, o mais provável é que a neve e outros fenômenos de precipitação de inverno ocorram nos dias 5 e 6 de julho em áreas de serra do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, mas não se descarta completamente a ampliação das áreas com possibilidade de ocorrência destes fenômenos.
Com informações do Incaper e do Instituto Climatempo