Sai hoje ganhador de R$ 20 mil em prêmio de qualidade de café

Dois degustadores do Japão e dois da Indonésia compõem a equipe de árbitros estão na Casa do Café fazendo análises dos 50 cafés finalistas da 8ª edição do Prêmio Cafuso/UCC das Montanhas do Espírito Santo. Dos brasileiros, quatro são de quatro diferentes cooperativas do Sul de Minas e três da equipe da Pronova e da Tristão Café.

Os vencedores serão conhecidos neste sábado à noite, quando R$ 210 mil serão divididos entre o grande campeão e os classificados. A solenidade de premiação será pela primeira vez em Venda Nova, na sede do Clube Recreativo- Creven.

Além de passar pela fase de hoje e amanhã, os 50 finalistas já tiveram suas propriedades avaliadas nos critérios sócio-ambientais. Duas profissionais da Associação de Cafeicultores da Região das Montanhas do Espírito Santo- Pronova, já fizeram auditoria nas propriedades e ficaram entusiasmadas com o que viram.

Este é o segundo ano que os critérios sócio-ambientais são observados e contam na pontuação e, de lá para cá, houve uma evolução visível nas propriedades que também foram finalistas. De acordo com a bióloga Jaqueline Uliana Donna, pelo menos, nas que se mantiveram na final nos dois anos já houve uma evolução visível.

Evair lembra que o Prêmio é pioneiro em aplicar critérios sócio-ambientais. As novas regras premiam a forma de produção que confere equilíbrio ambiental, social e econômico ao meio rural.

Práticas como manutenção das nascentes e o controle da erosão, com proteção de encostas, ficaram mais evidentes, conforme observou Jaqueline. Segundo ela, aumentou o capricho e o zelo por todas as etapas, da colheita ao depósito e até no armazenamento dos defensivos. “As embalagens foram retiradas de dentro de casa e colocadas em local que oferece mais segurança para as famílias e o meio ambiente”.

Já a agrônoma Cíntia Meire da Silva observou uma diminuição no uso de defensivos, principalmente quando se compara o produtor que participa do concurso com o que está de fora. “Há uma preferência pelo uso de roçadeira ao herbicida, o que não agride o meio ambiente e ainda aumenta a segurança alimentar do grão”.

O evento

Uma grande expectativa predomina no clima de véspera do Prêmio UCC/Cafuso. O evento vai reunir 1.200 pessoas, dentre produtores, organizadores, patrocinadores e autoridades regionais e do Estado. Para o coordenador técnico do concurso, Evair Vieira de Melo, o momento significa mais do que o anúncio do grande campeão. “Vamos reunir no mesmo espaço produtores que têm um sonho em comum”.

Para Evair, os últimos dez anos vêm sendo de aposta nesta diversificação através do caminho da qualidade. “O processo é longo e a proposta é criar condições de acesso ao mercado através da qualidade”.

Somadas à avaliação sensorial e dos critérios sócio-ambientais, os cafés com maior pontuação serão os vencedores. Passaram pelos testes 445 amostras de propriedades de 17 municípios e, destas, 50 foram classificadas para passar pela auditoria e análise sensorial final. Os 50 finalistas recebem R$ 30 de ágio por saca inscrita.

Além da premiação em dinheiro, todos os produtores inscritos no prêmio têm a opção de comercializar seu café pelo preço da Bolsa de Mercadorias e Futuros- BM F até hoje.

O prêmio é uma realização da Real Café, Ueshima Coffee Company- UCC, Sebrae, Bandes, Prefeitura de Venda Nova, com coordenação da Pronova. Este ano, o prêmio faz homenagem ao centenário da imigração japonesa no Brasil.

Premiação

1º lugar R$ 20 mil

2º lugar R$ 15 mil

3º lugar R$ 10 mil

4º ao 10º lugares R$ 5 mil

11º ao 20º lugares R$ 3 mil

21º a 36º lugares R$ 2 mil

Serviço:

Entrega do prêmio

Data: 29 de novembro

Horário: 18 h

Local: Clube Recreativo de Venda Nova do Imigrante

Acesso: só com convites.

Critérios sócio-ambientais

1 – Rastreabilidade

– Separação dos talhões de café;

– Separação e identificação dos tipos de café e armazenamento em local adequado (tulha/ galpão/casa), longe de defensivos ou outros materiais que possam contaminar ou prejudicar suas características;

2 – Uso de fertilizantes

– Análises de solo e aplicação do fertilizante orientada por técnico ou agrônomo;

– O produtor guarda as notas fiscais de compra;

– Destinação adequada das embalagens de adubos ou fertilizantes foliares vazios.

3 – Uso de defensivos

– A aplicação baseada no receituário agronômico e compra com nota fiscal;

– Manutenção em embalagem original, armazenamento em local seguro;

– Treinamento dos que aplicam/manuseiam/uso do EPI;

– Preocupação com as embalagens vazias / vencidas, que devem ser guardadas em local seguro até a sua devolução, que deve ser feita no local indicado na NF de compra.

4 – Gestão do solo – Práticas de cultivo que minimizam e previnem a erosão e contaminação.

5 – Colheita e pós-colheita

– Revisão / limpeza / manutenção dos equipamentos e instalações antes e durante a colheita, mantendo uma imagem positiva da propriedade.

6 – Gestão de resíduos

– Instalações para o descarte adequado do lixo produzido;

– Tratamento e destinação adequadas dos esgotos domésticos e de criatórios de animais;

– Destino, de acordo com determinação da lei, da água do despolpamento do café.

7 – Meio ambiente

– Preservação e proteção das nascentes e outros corpos d´água , com manutenção da vegetação ao redor / áreas de reserva legal e preservação permanente;

– Ausência de queimadas.

8 – Saúde e segurança do trabalhador

– Contratação legalizada, com carteira assinada, contratos de parceria ou temporários;

– Menores de 16 anos que residem na propriedade/escola e sua mão-de-obra, quando usada, somente em trabalhos leves, fora de seu horário escolar.

* Fonte: Folha da Terra

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