Salário mínimo aumenta, mas população não se anima

* Valdinei Guimarães

(valdinei@radiofmz.com.br)

 

O salário mínimo deve aumentar em 2014. O valor, que atualmente está em R$ 678,00 pode chegar a R$ 724,00 a partir de 1º de janeiro. Com o reajuste, vem também a subida dos preços. Comerciantes se preparam para repassar os custos aos consumidores e os empregados fazem cálculos para saber se o dinheiro extra no fim do mês vai valer a pena. Economista explica que o reajuste serve para corrigir a inflação.

 

Serão 6,78% a mais, em relação ao valor atual, nos contra-cheques dos trabalhadores. Para chegar a essa porcentagem, o Governo levou em consideração a variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2012. Com mais despesas com a folha de pagamento, os empregadores começam a se preparar para acrescentar o reajuste aos seus preços.

 

O comerciante Adriano Novello é proprietário de uma churrascaria em Venda Nova. Ele conta que o aumento do mínimo vai se somar a outros reajustes, e que, por isso, vai precisar acrescer seus preços em quase dez por cento. “O salário maior nos obriga a aumentar o preço dos nossos produtos também, porque tudo já subiu de preço este ano. Se não aumentarmos um pouco agora, precisaríamos reajustar para um valor maior no futuro, o que seria pior”, revela o comerciante.

É o reajuste de preços que faz o motoboy Walter Bruno Corrêa, de Vila Velha, não acreditar que o acréscimo do salário vá ajudar nas contas de fim de mês. “O aumento vai ajudar um pouco, mas mudar de verdade, não. O preço das mercadorias e serviços também deve subir e, nos fim das contas, o dinheiro a mais não fará diferença”, conta ele.

A garçonete Ediane Herbst também não vê muita vantagem no dinheiro extra a cada 30 dias. “O acréscimo é muito pouco. Se os custos dos produtos não subissem, talvez esse dinheiro a mais fizesse diferença, mas com o reajuste de preços, o salário maior não mudará nada no dia a dia”, revela Ediane.

O economista Igor Trazzi explica que, no Brasil, o cálculo do aumento de salário está diretamente relacionado com o PIB do país e com a inflação. Em 2012, o PIB cresceu menos de 1%, por isso, o dinheiro a mais no fim do mês serve apenas para não deixar o salário defasado em relação à inflação. “Esse ano vai ser de muita frustração para o trabalhador assalariado porque o crescimento da economia foi pequeno e, em conseqüência, o repasse, que é transferido para o trabalhador em forma de aumento de salário, será menor”, explica o economista.

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