A morte de dez macacos está sendo investigada pela Secretaria de Saúde do Espírito Santo. A suspeita é de que os animais morreram em decorrência da febre amarela. Seis deles foram encontrados em Ibatiba e quatro em Colatina. As informações foram passadas pela médica infectologista Martina Zanotti, que é responsável pelo programa de imunização da Sesa, ao Gazetaonline.
À publicação, Martina explicou que, se o macaco estiver infectado com febre amarela, ao picá-lo, o mosquito fica com o vírus encubado e, assim, pode transmiti-lo para humanos. "A febre amarela se pega através da picada de mosquito. A febre amarela silvestre são esses casos mais recentes, porque a febre amarela urbana, que é dentro da cidade, a gente já não tem no Brasil desde 1942. Mas a silvestre é transmitida através de picada de mosquito silvestre, que pica o macaco infectado e depois pica o humano que vai se descolocar para essas áreas de mata."
Há ainda o risco de transmissão, na área urbana, pelo mosquito aedes aegypti. Além disso, há a proximidade do Estado com Minas Gerais, onde já há 48 casos suspeitos da febre e 14 mortes em investigação. As cidades onde as pessoas estão doentes ficam no Vale do Rio Doce, próximo à divisa com o Espírito Santo. O grande fluxo de turistas mineiros que chegam ao Estado também é motivo de alarme, diz a médica.
Segundo ela, a vacina é indicada para pessoas que viajarão para áreas endêmicas. O Espírito Santo ainda não tem essa recomendação. Os sintomas da doença são febre, mal-estar, dor de cabeça, dor no corpo. Com o passar dos dias, explica a médica, o quadro pode ir complicando com manifestação hemorrágica, icterícia, que é a coloração amarela da pele e dos olhos.
Com informações do Gazetaonline