Assim que retornar das férias, no fim deste mês, a promotora de Venda Nova, Adriana Dias Paes Ristori, poderá levar às últimas conseqüências a questão da segurança na BR-262. O Dnit ainda não instalou as lombadas eletrônicas e o Ministério Público deve entrar com uma ação na Justiça contra o departamento.
Em entrevista para a FMZ, o superintendente regional do Dnit, Hélio Bahia, deu como prazo o início de outubro. Apenas os postes e os cabos magnetizados para ligar os fotossensores foram instalados.
O superintendente explicou que os equipamentos estavam em falta. Ao chegarem, o Dnit preferiu um ponto em Carapina, na altura do Apart Hospital, onde o índice de acidentes também é altíssimo.
Mesmo sem funcionar, os postes já confundem os motoristas mais apressadinhos em Venda Nova. O objetivo dos aparelhos, no entanto, é multar quem avançar o sinal vermelho ou parar sobre a faixa.
No trecho entre o semáforo do trevo do Batalhão da PM até o outro do Posto Esmig, a velocidade máxima permitida será de 60km quando os fotossensores estiverem funcionando. Os equipamentos são para proteger o pedestre, disse Bahia.
Rodovia sangrenta
Em sete anos, os 83 acidentes na BR-262, a maioria com vítimas fatais, superam o número de homicídios em Venda Nova. O índice é baseado nos levantamentos junto à Polícia Civil. São cerca de 12 ocorrências por ano no município, numa média de uma morte por mês
Diante deste quadro, em setembro de 2005 o Ministério Público, junto à Procuradoria-Geral da Justiça, passou a cobrar do Dnit solução para a redução dos acidentes na rodovia federal que corta o município. Até a Prefeitura fez pedido formal ao departamento.
São cerca de 12 ocorrências por ano no município, numa média de uma morte por mês. Com esta interferência, a promotoria quer levar ao conhecimento da população que está atenta aos seus problemas e cobrando dos órgãos competentes, afirma Adriana, que disse aguardar retorno positivo do Dnit. Caso contrário será inevitável uma ação judicial.
* Publicada em 17/11/2006