Fernanda Zandonadi
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Subiu para 54 o número de macacos barbados mortos com suspeita de febre amarela no Espírito Santo. As mortes dos macacos ainda estão sendo investigadas e, até o momento, não há confirmação da doença, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Foram registradas mortes de primatas em Colatina (11), Governador Lindemberg (04), Ibatiba (10), Irupi (08), Baixo Guandu (04) e Pancas (17). O material coletado será analisado no Instituto Evandro Chagas, no Pará, e o resultado deve sair em 20 dias. A situação é preocupante porque o macaco barbado é considerado hospedeiro da doença, que é transmitida pelo mosquito e pode contaminar também humanos.
Depois de 50 anos sem registro de casos de febre amarela em animais ou humanos, o Espírito Santo está em alerta, apesar de os casos ainda estarem sob suspeita. Segundo o veterinário da Prefeitura de Ibatiba, Ademir Júnior, que está em campo com duas equipes da Sesa para coletar material dos animais mortos para análise, há vários relatos de agricultores que encontraram primatas mortos em suas propriedades. "Toda hora nos chegam informações de animais mortos. Alguns, os próprios produtores enterram. Outros já estão em avançado estado de decomposição. Mas já conseguimos colher tecidos de outros. Esta situação está fora dos padrões. Não é normal a morte de tantos animais e temos que descobrir o que está acontecendo. Suspeitamos de febre amarela, mas ainda é cedo para afirmar. Dependemos das análises do material", relata.
A Secretaria de Saúde de Ibatiba informou que os animais foram encontrados em três locais diferentes: seis deles em Córrego Paraíso, dois em Córrego da Cambraia e dois em Córrego das Perobas. A Secretaria Estadual de Saúde informou, no entanto, que seis macacos foram encontrados mortos na zona rural da cidade, além de outros quatro em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. Já a Prefeitura de Pancas disse que os sete primatas foram achados próximo à estrada em Córrego Floresta, no distrito de Laginha de Pancas.
Em Venda Nova do Imigrante, segundo informações da Vigilância em Saúde, não há relatos de animais mortos na zona rural. O mesmo acontece em Muniz Freire. As cidades, no entanto, estão alertas em relação ao problema.
Orientações
O Espírito Santo não é considerado área de risco para a febre amarela, já que há 50 anos não há casos confirmados da doença em terras capixabas, segundo a Sesa. Isso significa que, em áreas endêmicas, a vacina é disponibilizada para toda a população; já em áreas não endêmicas, como o Espírito Santo, somente para quem vai viajar para áreas de risco.
Quem planeja sair do Estado e viajar para áreas de risco de febre amarela deve se certificar de que está devidamente protegido contra a doença. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta o viajante a buscar uma unidade municipal de saúde caso ainda não tenha tomado a primeira dose da vacina ou a dose de reforço. Se for a primeira vez que a pessoa é vacinada, a dose deve ser aplicada pelo menos dez dias antes da viagem para que o organismo produza anticorpo contra a doença.
De acordo com o Protocolo do Ministério da Saúde, quem mora no Espírito Santo não precisa ser vacinado, a menos que vá se deslocar para áreas de risco. O Espírito Santo não é considerado área de risco. Quem planeja sair do estado e viajar para áreas de risco de febre amarela deve se certificar de que está devidamente protegido contra a doença. Por isso, a Sesa orienta o viajante a buscar uma unidade municipal de saúde caso ainda não tenha tomado a primeira dose da vacina ou a dose de reforço. Se for a primeira vez que a pessoa é vacinada, a dose deve ser aplicada pelo menos dez dias antes da viagem para que o organismo produza anticorpo contra a doença.