Por Leandro Fidelis
A criação de um museu para preservar a história de Afonso Cláudio ainda não saiu do papel. Há pelo menos três anos, o Instituto Histórico e Geográfico do município procura uma sede para o acervo doado por moradores.
Enquanto isso, documentos, livros e objetos antigos diversos estão distantes do público, guardados no antigo armazém de café da Família Tristão, no bairro Campo 20.
Doadores dos principais imóveis dedicados à cultura na cidade- o Centro Cultural e a Casa da Cultura (biblioteca)- os Tristão ainda são a esperança dos voluntários envolvidos no projeto. De acordo com Stella Haddad, a Prefeitura não sinaliza interesse no museu.
Tem muita gente de boa vontade querendo ajudar e estou confiante que Jônice Tristão nos apóie. Nossa história está em jogo, diz Stella, de 88 anos, autora de um livro sobre Afonso Cláudio e paladino da cultura local. O chefe do grupo escoteiro, Marcos Serpa, é quem cuida das peças no local improvisado.
Dentre as preciosidades do acervo estão pilões, máquinas de escrever e maquinários de uma extinta gráfica que publicava os primeiros jornais da cidade, no início do século passado. Os equipamentos estavam abandonados numa sala da Prefeitura.
O início
O Instituto foi criado em 2004 e é filiado ao estadual. Desde então, a comissão fundadora passou a recolher na comunidade materiais que ajudem a contar às futuras gerações como Afonso Cláudio começou. No início do projeto, a idéia era de escolher uma casa antiga no centro da cidade para ser a sede.