Traficante é preso com 1,5 kg de pasta base e oxi, a nova droga, em Ibatiba

* Leandro Fidelis

(leandro@radiofmz.com.br)

A Polícia Militar de Ibatiba, no Sul do Estado, acabou com os planos de um traficante, que tentou entrar na cidade com 1,5 quilo de pasta base de cocaína, além de 200 gramas de pedra supostamente de oxi, uma nova e devastadora droga que se espalha pelo país. A prisão de R.D.A, de 26 anos, foi nesta segunda-feira (16), por volta das 23h40, na BR-262 em Pequiá, divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo.

Segundo informações do major Gunther, do 14º Batalhão da PM de Ibatiba, R. fretou um táxi Fiat Uno prata na capital mineira para trazer a droga. A partir de uma denúncia, quatro viaturas da PM fizeram um cerco no antigo Posto Fiscal de Pequiá onde prenderam o traficante e o taxista C.L.C, 24, e apreenderam a droga, que estava debaixo da poltrona do carona.

O acusado foi conduzido até sua casa, no centro de Ibatiba, onde os PMs encontraram ainda uma pistola 765, dois carregadores, 28 munições, um manual de manuseio da arma e um caderno com anotações ligadas ao tráfico na região. “Tinha todos os contatos de compradores e fornecedores da droga”, disse o major Gunther.

O traficante e o taxista foram encaminhados para a Delegacia de Iúna. A Polícia Civil está investigando supostos fornecedores da droga em Minas.

Nova droga

O oxi é cada vez mais um problema de saúde pública no Brasil. A droga chegou ao país em meados da última década pelo Acre e pelo Amazonas, nas regiões das fronteiras com Bolívia e Colômbia. Agora, há registro de mortes no Piauí e a ameaça de que ela atinja o Sudeste.

A droga é derivada da planta coca, assim como a cocaína e o crack. Há diferenças, contudo, no modo de preparo. Existe uma pasta base, com o princípio da droga, e de seu refino vem a cocaína.

O crack e o oxi são feitos a partir dos restos do refino da cocaína. As três drogas possuem, portanto, o mesmo princípio ativo e um efeito parecido, que é a aceleração do metabolismo, ou seja, do funcionamento do corpo como um todo.

A diferença da cocaína para as outras duas está no que os especialistas chamam de “via de administração”. Enquanto a primeira é inalada em forma de pó, as outras duas são fumadas em forma de pedra. Isso muda a forma como o corpo lida com a dose.

O pó da cocaína é absorvido pela mucosa nasal, que tem nervos aflorados, responsáveis pelo olfato. O efeito dura entre 30 e 45 minutos. No caso das outras duas drogas, a absorção acontece no pulmão, de onde ela cai na corrente sanguínea. O efeito dura cerca de 15 minutos, e por isso, é mais intenso que o da cocaína, o que aumenta o risco de que o usuário se torne um viciado.

A grande diferença do oxi para o crack está na sua composição química. Para transformar o pó em pedra, o crack usa bicarbonato de sódio e amoníaco. Já o oxi, com o objetivo de baratear os custos – e atingir um número maior de usuários –, leva querosene e cal virgem.

Querosene e cal virgem são substâncias corrosivas e extremamente tóxicas. Por isso, o consumo do oxi pode levar à morte mais rápido que o crack – no qual o que é realmente nocivo é o princípio ativo da droga. As informações são do G1.

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