* Leandro Fidelis

Este ano a Festa da Polenta vai revisar trajes, penteados e maquiagens das candidatas à “Rainha da Festa da Polenta”. No ano em que se comemora 135 anos da imigração italiana no Espírito Santo, considerado berço dessa imigração no Brasil, a organização do concurso quer resgatar o que é tipicamente italiano.

Nos últimos anos, algumas produções vistas na passarela extrapolaram limites de época, com cores, adornos e brilhos inexistentes no século 18 no Norte da Itália. Naquele período, as moças do Veneto e outras regiões de origem dos imigrantes confeccionavam seus trajes de festa com tecidos e brocados comprados com os caixeiros viajantes que vinham do Oriente.

Nesta segunda-feira (29), a diretoria da Associação Festa da Polenta- Afepol, junto com a coordenadora do desfile, Luciana Viçosi Bellon, formou uma comissão de voluntários para iniciar uma nova pesquisa. No início do desfile típico, em 1991, a voluntária Haideé Feitosa foi quem estudou os costumes do passado para o resgate na passarela. A comissão voltará a se reunir na próxima segunda-feira para apresentar o material da pesquisa.

De acordo com Luciana, os trajes do acervo da associação, à disposição das candidatas, também serão avaliados. “Os elementos que não forem adequados serão readaptados”, destaca Luciana.

Na ficha técnica, a candidata deverá citar a fonte inspiradora do traje e do penteado escolhidos. Com a ficha, a candidata saberá exatamente o que estará apresentando para os jurados. “Esse conhecimento é fundamental, pois as eleitas poderão dar as explicações corretas quando questionadas sobre o assunto”, destaca a coordenadora.

As inscrições estarão abertas a partir de julho para moças de Venda Nova descendentes de italianos. Já são dez pré-inscritas, mas só nove serão selecionadas para o desfile, que abre a programação da Festa no próximo dia 9 de outubro. Após esta etapa, haverá uma reunião com as candidatas e suas mães ou responsáveis para esclarecer as mudanças já incluídas no regulamento do desfile.