* Leandro Fidelis
Guilherme Schwartz Silotti, de cinco anos, está prestes a atravessar uma ponte de corda. Sob ele vários adultos fazem de tudo para esticá-la e garantir uma travessia tranquila ao menino. A um metro do chão, ele se sente seguro pela família e pelos professores e encontra apoio no ombro de alguém sempre que se desequilibra.
A importância da vitória coletiva para a formação de cidadãos cooperativistas é uma das ideias da Gincooperação, realizada no dia 20 de maio, na Cooperativa Regional de Educação e Cultura- Coopeducar, de Venda Nova do Imigrante, junto a pais e alunos da Educação Infantil. Para o cooperativismo, a ideia de compartilhar a diversão de uma brincadeira infantil é uma oportunidade de promover essa filosofia entre crianças e adultos.
Na Gincooperação, não há vencedores nem perdedores. Todo mundo coopera para cumprir um objetivo em comum, seja ele o de atravessar uma ponte de corda ou caminhar com um par de chinelos gigantes com capacidade para oito pés.
Esses jogos foram novidades no evento deste ano, que contou com a participação de 62 alunos, entre dois e seis anos de idade, e 20 pais, divididos em três equipes. A participação desses valeu pontos para as equipes, sendo o único critério de fator realmente competitivo na gincana.
A dança circular “Abraço Amigo” deu início às atividades no ginásio da cooperativa. Em seguida, os três grupos se revezaram nessa e nas outras atividades propostas, ponte de corda e chinelão, realizadas em diferentes ambientes da Coopeducar.
Comemorando cada passo do pequeno Guilherme sobre a ponte de corda estão seus pais, o dentista Jean Bazoni Silotti e a analista de sistemas Marjorie Campos Schwartz Silotti. Para ela, participar da Gincooperação mostra que juntos é possível ir mais longe.
“Quando escolhemos a Coopeducar, pesou a forma humana e companheira da educação proposta. No dia a dia existe sim, competição, mas ali os alunos aprendem a não passar por cima de ninguém, tampouco dos princípios importantes na formação de um ser humano. A Gincooperação é um reflexo disso.”
Em outro ambiente da Coopeducar, o casal formado pela nutricionista Andreia Hupp Minet e o engenheiro civil Fernando Minet participam da atividade do “chinelão” com os filhos Maria, de cinco anos, e Pietro, de três.
Para o sucesso da prova, é preciso que todas as quatro pessoas calçadas pelas alças do chinelão caminhem de uma só vez. A atividade exige um ritmo próximo pela harmonia do grupo. Se um componente der um passo na frente do outro, a equipe não consegue caminhar.
Na avaliação de Andreia, a brincadeira do chinelão ilustra bem o cooperativismo. “A filosofia cooperativista, do grupo, do fortalecimento de um conjunto em prol de um objetivo sempre fez a diferença. Aliado a isso, o bom resultado da escola, assim como a estrutura física e pedagógica, fez com que escolhêssemos a Coopeducar para nossos fillhos.”
A coordenadora pedagógica Marli Bossois afirma que o objetivo da Gincooperação é a diversão em família, apoiada nas próprias vivências de infância dos pais. “Hoje existe pouco contato nas brincadeiras infantis, e a gincana oportuniza esse momento das crianças com suas famílias.”
Marli destaca que, mesmo com o tempo esgotado, todos os grupos queriam finalizar as provas, tamanha a diversão e o senso de coletividade proporcionados pelos jogos. Nessa gincana diferente, o conhecimento do próximo e o reconhecimento da importância do outro fazem toda a diferença. Todos se divertiram bastante e captaram a proposta do evento.
