* Valdinei Guimarães
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O município de Venda Nova do Imigrante decretou, nesta terça-feira (03), situação de emergência. A medida foi tomada para conter os efeitos da seca, que atinge todo o Estado e provoca perdas nas lavouras. Os prejuízos na agricultura vendanovense passam de R$ 13 milhões. Já em Conceição do Castelo, a Prefeitura proibiu moradores de desperdiçarem água.
Seca afetou este rio, que passa em frente ao Polentão, em Venda Nova – Foto: Valdinei Guimarães |
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O decreto da Prefeitura de Venda Nova declara situação de emergência nas áreas do município atingidas pela estiagem e autoriza os órgãos municipais a tomarem medidas para conter os danos. O cenário da agricultura local não é diferente do encontrado em municípios vizinhos. Os prejuízos chegam a R$ 13 milhões e 700 mil reais nas culturas de milho, tomate e café, algumas das principais atividades econômicas do município.
“A seca afetou mais a agricultura. Estamos tendo problemas com irrigação, porque as represas estão quase vazias. As perdas são de aproximadamente 38% nas lavouras. Com o decreto, esperamos receber ajuda dos governos Federal e Estadual. Além disso, a expectativa é dar condições para que os produtores possam prorrogar seus financiamentos bancários”, explica Sávio Fileti, secretário Municipal de Agricultura.
Outras medidas devem ser tomadas contra a seca. Um novo decreto será redigido pedindo aos órgãos públicos e à população que passem a economizar água. Algumas ações já estão sendo realizadas, como a redução no número de caminhões-pipa que regam os canteiros municipais. De acordo com o chefe de gabinete da Prefeitura de Venda Nova, José Manoel Bolzan, dos três veículos que faziam o serviço, apenas um continua na ativa e utiliza água não-tratada.
Medidas para reduzir o consumo de água foram tomadas também em Conceição do Castelo. O município decretou cenário de alerta e proibiu os moradores de realizarem atividades como lavar calçadas usando mangueiras e regar gramados e jardins, dentre outras. O decreto também suspende temporariamente a concessão de outorgas para atividades que gastam muita água, como irrigação, piscicultura e aquicultura.
Os decretos publicados pelas duas prefeituras atendem à recomendação da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh). A Agência publicou resolução em que recomenda aos municípios que passem a proibir atividades que causam desperdício de água, além de aconselhar outras ações.
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