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Venda Nova faz torcida para candidata a Miss Espírito Santo

* Leandro Fidelis

(leandro@radiofmz.com.br)

Depois de dez anos sem representação no concurso, Venda Nova terá hoje à noite uma candidata no Miss Espírito Santo 2010. A estudante Sabrina Lorenzoni, de 18 anos, concorre com mais 17 meninas ao título de mais bela capixaba. O desfile será às 21h, no Clube Ítalo Brasileiro, em Vitória.

Sabrina e suas concorrentes estão hospedadas desde domingo no Hotel Senac, na capital, onde se preparam para o grande dia. Ontem, foram realizados os ensaios das coreografias que serão apresentadas na abertura do evento.

A vendanovense, que desde o início conta com a torcida dos conterrâneos no júri popular na Internet, espera fazer bonito para voltar coroada. “Vou dar o melhor de mim e fazer o possível para conquistar o título. Meu coração está aceleradíssimo”, disse a estudante.

A primeira colocada, além de representar o Estado no Miss Brasil do próximo ano, recebe um conjunto de joias e ainda uma viagem para Nova Iorque, com curso de inglês.

Venda Nova é celeiro de beldades

O município de Venda Nova é conhecido pelas mulheres bonitas, algumas delas premiadas em concursos nacionais e até internacionais. Os traços herdados dos antepassados europeus conquistaram títulos de Miss Espírito Santo e Brasil em diversas ocasiões.

Foi assim com Kátia Péterli Camargos, 28, eleita Miss Espírito Santo 99, e que conquistou outros 14 títulos entre concursos típicos e de beleza, incluindo um Sul-Americano no Equador. Kátia começou a participar de concursos de beleza aos 15 anos. Era uma época de pouca informação, e a era das misses ainda estava retornando à repercussão de hoje.

“Não existia Internet para verificar mapas, hotéis, datas dos concursos…Muitas vezes fui com a cara e a coragem para os lugares desfilar. Fui aprendendo com cada experiência”, diz Kátia.

O promotor de eventos e grande incentivador de Kátia, Danilo D’Avila fez o convite à vendanovense uma semana antes do concurso no Equador. “Me virei com as viagens, arrumei roupas emprestadas com os vizinhos para ficar um mês lá e nem sabia falar espanhol”. Valeu a pena: ficou em 3º lugar entre candidatas de toda a América e ainda arrebatou o título de Miss Fotogenia, eleita pela imprensa. Kátia teve direito até a segurança durante esse período no Equador. “Lá, o concurso é como se fosse Copa do Mundo, com transmissão na TV e torcidas imensas”, relembra.

Sem um forte patrocinador, a bela Kátia sempre teve o apoio da mãe, a costureira Deolinda Péterli na confecção dos trajes. O reconhecimento disso foi um prêmio conquistado no Miss Brasil 2001, quando se vestiu de sereia para representar o litoral do Espírito Santo. “A maioria das candidatas tinha até estilista. Minha mãe usou os melhores materiais, e hoje esses modelos são muito procurados no ateliê dela.”

Apesar do longo período como miss, Kátia Péterli prefere tocar a vida profissional e o projeto de se casar daqui a algum tempo. “Os concursos me deram oportunidade de viajar, conhecer lugares incríveis, superar a timidez e me abriram muitas portas. Foi uma fase boa, que vou levar com muito carinho.”

Outra que seguiu caminho semelhante é a também vendanovense Thaís Peterle Guisso, 16. Aos 11, conquistou o título de Miss Brasil Mirim e, no ano seguinte, levou o de Miss Universo na mesma categoria, no Caribe. Lá, arrebatou medalhas pelo melhor traje de gala, olhos mais bonitos e fotogenia. “Eu era muito nova e tive que falar em espanhol com a ajuda de pessoas da organização”, lembra.

Um episódio engraçado dessa experiência foi quando Thaís ensinou vários gringos a sambar. A ginga, somada ao fato de ser brasileira, e a simpatia da menina a fizeram roubar a cena de representantes de outros países.

Ela lista sete vitórias em concursos de nível municipal, estadual, nacional e internacional. Hoje divide a rotina entre os estudos, os treinos de handebol e as apresentações de eventos na região. “Amadureci muito por causa dos concursos. Desde nova já sabia me maquiar e a me pentear para as apresentações. É cansativo, porque às vezes o psicológico ficava abalado. Talvez teria feito melhor com a cabeça que tenho hoje, mas valeu a pena.”

Outra belezinha é Yasmin Sossai, hoje com nove anos, e que aos cinco foi eleita Miss Simpatia no concurso de Miss Brasil Mirim. Um ano antes, a bonequinha tinha faturado o Mini Miss Espírito Santo. Por causa dos cabelos loiros e compridos e do rostinho angelical, os jurados e a imprensa deram a ela o apelido “Barbie”.

Na sua sinceridade de criança, lembra dos bombons que ganhava. “Ficava muito alegre com tanto chocolate. Foi muito bom”. A pequena também não esquece do passeio de barco em Salvador, durante o Miss Brasil Mirim.

Depois das vitórias de Yasmin, sua mãe, a coreógrafa e produtora de eventos, Cláudia Moura, acabou ingressando na organização de concursos de miss, a exemplo do Espírito Santo Sul-Serrana, no próximo dia 26, em Venda Nova. Para ela, uma maneira de não reproduzir alguns procedimentos antiéticos dos bastidores de concursos maiores e sem reconhecimento, e passar segurança e seriedade para as mães das candidatas do seu evento.

“Vivi o outro lado da moeda e não gostei do que vi. Há exceções, claro, mas em sua maioria os organizadores fazem pouco caso de crianças mais humildes e tratam com arrogância quem, na visão deles, é descartável. Quero mudar esse perfil”, expõe Cláudia.

Novas gerações

Mais recentemente, outras beldades de Venda Nova e da Região de Montanhas se destacaram. Neste ano, as três representantes (mini, mirim e juvenil) do Espírito Santo conquistaram as três categorias no Miss Brasil Ecologia 2009. O trio, formado por Julia Sgaria (mini) e Bruna Brioschi (juvenil), de Venda Nova, e Nadine Daré (mirim), de Conceição do Castelo, se prepara para o Miss Universo Mirim, que ocorrerá em abril de 2010, na Republica Dominicana.

Leia também: Espírito Santo já conhece representantes para o Miss Brasil Infantil

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