Fernanda Zandonadi
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Os casos de dengue em Venda Nova do Imigrante só aumentam. Se há quatro semanas a taxa de incidência da doença no município era considerada média, com 105 casos por cem mil habitantes, em 14 de março o índice subiu para 340 casos por cem mil habitantes, número que aponta uma alta incidência de pessoas enfermas. Em números absolutos, são 55 casos entre confirmados e suspeitos em uma população de 23,4 mil pessoas. Se a contagem levar em conta também os casos que já foram descartados, mas cujos pacientes apresentavam sintomas de dengue, o índice sobe para 81. Os bairros mais afetados são os mesmos de há um mês: Vila Betânea, com 17 casos entre suspeitos e confirmados e Bananeiras, que somou sete incidências.
A densidade populacional da Vila Betânea e as muitas indústrias instaladas em Bananeiras são os principais fatores de proliferação do mosquito, segundo o coordenador da Vigilância em Saúde de Venda Nova, Sílvio Sathler. Somado a isso, a falta de cuidado de moradores influencia a escalada dos números. "Tivemos casos de larvas de mosquito encontrados em vasos de plantas. Um erro mais do que básico", revela.
Notificações
A falta de engajamento de uma parte da população levou o poder público a adotar medidas punitivas. Desde o dia 7 de março os agentes de saúde estão notificando as casas e estabelecimentos onde há criadouros do mosquito. Desde o início da ação, já foram emitidas cerca de dez notificações, a maior parte para locais que apresentaram focos em algum outro momento.
"O documento é um atestado de que o agente de saúde esteve no local, viu que há condições que propiciam o nascimento dos mosquitos e que o dono do estabelecimento ou residência precisa tomar medidas para eliminar os focos. Os agentes voltarão a esses locais e, caso nada tenha sido feito, poderão aplicar multa", avalia Sathler, informando ainda que a medida foi tomada por conta da falta de efeito das ações educativas que foram feitas na cidade.