Redação FMZ
A Associação das Voluntárias Pró Hospital Padre Máximo completou 40 anos de atividades no último dia 22 de agosto. Durante esta semana, as voluntárias receberam homenagens e participaram de uma missa de ação de graças. Em quatro décadas de trabalho voluntário, as mulheres da associação mais do que teceram, bordaram ou costuraram, elas se dedicaram a causa e ao apoio ao Hospital Padre Máximo, no atendimento de saúde para a população de Venda Nova e região.
A presidente da Associação, Doracy Ambrosim, explicou sobre o trabalho das voluntárias. “O nosso objetivo final é arrecadar fundos para a compra de toda a rouparia do hospital. É assim há 40 anos e estamos conseguindo manter, apesar de o hospital ter crescido muito, agora com a abertura da UTI, gerando uma demanda maior. Compramos toda a rouparia que consiste em lençóis, fronhas, toalhas, material do centro cirúrgico, e outras coisas dependendo da necessidade do hospital”, explicou Doracy.
Ainda de acordo com Doracy, a disposição e o amor das voluntárias atravessam gerações. “Elas disponibilizam o tempo, durante a tarde para estar aqui, presencialmente, mas em casa elas continuam fazendo os trabalhos. Uma coisa muito interessante que observamos é que o voluntariado não tem idade. Temos nossas nonnas de 80 e até 90 anos que são voluntárias que não ligam se a perna dói, se a muleta atrapalha, elas vêm assim mesmo; e também temos jovens voluntárias de 20 anos . Há algo em troca, um amor muito grande em prol do outro”, acrescentou.
Analete Sossai Zandonade, 74 anos, é uma das voluntárias fundadoras, dedicando a maior parte de sua vida ao voluntariado. “Tenho 40 anos de voluntária. Quando começou a associação, começamos a trabalhar. Me engajei aqui e não saio mais. É muito gratificante vir trabalhar aqui, é bom demais, encontramos as amigas, vamos trabalhando, conversando, brincando, é maravilhoso! O grupo das voluntárias é como um família”, conta Analete.
A aposentada Natalina Andreão Bissoli, 74, é voluntária há cinco anos e conta que o ambiente de trabalho da associação é muito divertido. “Eu conserto as roupas do hospital. Eu gosto muito e é muito bom aqui. Eu tive depressão três vezes e acho que se não fosse esse trabalho, eu não estaria bem como estou hoje. Aqui é muito alegre, todas são amigas, temos confraternização. É um trabalho feito com muito amor”, disse.
Atualmente, são 156 mulheres, de 20 a 90 anos que se reúnem às terças e quintas. Os materiais produzidos pelo grupo são comercializados na loja, localizada na sede das voluntárias, ao lado do hospital e também na loja Da Tutte Mani, na Rota do Lagarto em Pedra Azul.
Foto: Carla Caliman