Vovó vendanovense faz 100 anos e filhos dão exemplo de amor

* Valdinei Guimarães

valdinei@radiofmz.com.br

 

Um século. Esse é o tempo de vida de Ângela Fardim Dalvi, moradora de Venda Nova do Imigrante. Dona Angelina, como é mais conhecida, conquistou essa marca nessa terça-feira (11). Para comemorar, recebeu uma festa que teve participação de várias visitas. Nesses cem anos de vida, ela já trabalhou na roça e foi até parteira. Atualmente, está sob os cuidados dos filhos. Eles é que contam as histórias de dificuldades e desafios que dona Angelina enfrentou.

A nonna, como é chamada pelos netos, atualmente vive na casa dos filhos. Ela não pode mais andar porque quebrou um osso da perna há cerca de dois anos.  Quem chega para visitar encontra uma pessoa delicada e franzina deitada em uma cama, dormindo. No leito, travesseiros extras são colocados na lateral, para evitar que ela vire durante o sono e caia.

 

Sem poder se locomover por conta própria, Angelina precisa ser carregada pelos filhos para fazer as atividades do dia a dia, que se resumem a dormir, se alimentar e assistir TV. “Quando chega a hora do almoço, a gente traz a refeição dela para o quarto. Mais tarde, damos banho e depois a levamos para assistir televisão, mas ela não gosta muito”, revela um dos filhos, Antônio Dalvi (72). 

Ele é um dos onze filhos de dona Angelina. Ele e os irmãos não deixam a mãe desamparada. Levam para tomar sol ou ar fresco, às vezes. Fazem questão de retribuir os cuidados que receberam quando eram crianças. “Quando éramos pequenos, morávamos na área rural de Castelo e ela nos levava a pé ao médico no centro da cidade”, conta Antônio. O marido de dona Angelina morreu há cerca de 17 anos por causa de problemas de saúde. A certidão de casamento ainda está guardada. O desgaste do documento ajuda a revelar seus 75 anos de emissão. O registro de casamento de dona Angelina foi feito em 27 de maio de 1939.

As histórias, que hoje a nonna não pode mais contar por causa de dificuldades em se comunicar, revelam um tempo em que a mulher tinha que ser submissa.  “Mamãe nos contava que, antigamente, algumas vezes ia dormir com fome porque não tinha comida para toda a família. Por isso, ela deixava os filhos e o marido comerem primeiro e, se sobrasse, ela jantava. Se não, ficava com fome”, revela uma das filhas de dona Angelina, Izabel Dalvi (61).

 

Esse tempo ficou para trás e, para o futuro, dona Angelina vai continuar sendo bem cuidada pelos filhos. “Enquanto Deus deixar, nós vamos estar aqui cuidando dela. Existem filhos que abandonam os pais idosos em asilos, mas isso não é certo. Nós temos que cuidar. A vida é assim”, acredita Antônio, que, juntamente com os irmãos, dão um bom exemplo para todas as famílias.

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