Moradores, empresários e autoridades discutem situação das moscas em Venda Nova

 

Moradores das comunidades de de Viçosinha, São João e Camargo, a secretária municipal de Meio Ambiente, Sabrina Silva Zandonade, e o empresário Dalton Perim, fizeram uso da Tribuna da Câmara Municipal, durante a Sessão Ordinária da última terça-feira (13) para tratar sobre a questão das moscas no município.

 

 

O empresário da comunidade do Camargo Celmo Augusto falou sobre os desconfortos que as moscas estão trazendo para a população. “A vida está complicada para nós. Nossa função aqui é pedir uma solução. As moscas trazem doenças. Meu filho teve berne, que é causado por causa delas. Precisamos que a fiscalização seja mais rigorosa”, declarou.

 

 

O empresário Stanislaw Duda Deps Almeida, que tem uma cervejaria na Viçosinha, contou que o empreendimento está fechado por causa das moscas, visto que não tem como receber os clientes e oferecer o nível de qualidade a que estão acostumados. Ele lembrou que o problema já vem desde março de 2021, quando protocolou um abaixo-assinado no IDAF e na Prefeitura. “A prefeitura aplicou multa, as medidas foram tomadas e hoje nos encontramos aqui, um ano e nove meses, na mesma situação”, explicou.

 

Stanislaw esclareceu que a própria população tentou tomar medidas alternativas que auxiliassem no controle das moscas, como barreiras e armadilhas ecológicas, mas que não funcionaram em virtude da quantidade dos insetos. “Estamos no mesmo patamar de março de 2021, com o agravante de que está se espalhando para o centro. Não somos favoráveis ao fechamento das granjas, mas que haja uma harmonia. Uma atividade exercida por uma empresa não pode ser superior à outra”, defendeu.

 

 

O representante da comunidade de São João e da Associação Pró-melhoramento, Rodrigo Pizzol Venturim, afirmou que a situação está à beira de uma calamidade sanitária. “Sou a favor dos empreendimentos, mas precisamos alcançar um equilíbrio. Precisamos ser mais efetivos nas ações tomadas. Promovemos um abaixo-assinado dentro da lei e distribuímos nas comunidades. Conseguimos quase 400 assinaturas, em quatro, cinco dias e foi protocolado no Ministério Público”, esclareceu.

 

Rodrigo citou o exemplo de Santa Maria de Jetibá que tem um bom convívio com as granjas. “Sempre somos exemplo para o Estado em muitos pontos. Temos orgulho do agroturismo e do voluntariado, mas hoje temos vergonha de receber pessoas em nossas casas, porque estão tomadas de moscas. Estamos pedindo socorro e apoio”, finalizou.

 

 

A empresária Ana Venturim foi a última representante da comunidade a usar a palavra. Ele destacou que o problema, na verdade, já vem acontecendo há três anos e que sua empresa está tendo prejuízos por causa das moscas. “Estamos sentindo nossos trabalhos escorrendo pelos dedos. São 32 anos de trabalho da nossa família sendo esvaziados pelas moscas e pela atividade irresponsável de alguns empresários”, lamentou.

 

Ana falou ainda sobre o aumento de gastos que a empresa está tendo com as dedetizações, visto que anteriormente eram feitas duas por ano e, agora, foram oito. “A Capital Nacional do Agroturismo está virando a capital nacional das moscas”, finalizou.

 

 

A secretária municipal de Meio Ambiente, Sabrina Silva Zandonade, foi a próxima falar e explicou todas as ações realizadas pelo Poder Executivo. “Temos a comunidade falando que a Secretaria não faz o seu papel e, por outro lado, as empresas falando que a Secretaria está fazendo em excesso”, afirmou. Sabrina salientou que o papel da Secretaria é fiscalizar o cumprimento dos controles ambientais.

 

“Nosso papel não é dizer o que a empresa precisa fazer, mas verificar se os controles ambientais estão surtindo efeitos. Todos os empreendimentos precisam ter um responsável técnico. É ele quem indica ao proprietário o que precisa fazer para se adequar. Semanalmente, os fiscais estão em todos os empreendimentos de avicultura que fiscalizamos”, explicou.  A secretária também falou das ações junto ao Ministério Público e se colocou à disposição para esclarecer qualquer dúvida que a população tenha.

 

 

O último a falar foi o responsável por uma das granjas, Dalton Perim. O ex-prefeito explicou que todas as medidas cobradas pela Prefeitura foram cumpridas. “As moscas estão no município inteiro. Temos que reconhecer que pode ser um problema biológico ou climático. Tudo isso leva a crer que não é algo que está sendo deixado de fazer”, afirmou. O empresário criticou as multas dadas às empresas e disse que prefere cumprir as obrigações a receber penalidades.

 

 

 

Os vereadores se colocaram à disposição para auxiliar em encontrar uma solução para o problema que seja um equilíbrio para o poder público, granjas e comunidade.

 

Com informações da Câmara Municipal de Venda Nova do Imigrante

 

Fotos: Câmara Municipal e divulgação moradores

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