Iema calcula impacto de vazamento de óleo na bacia do rio Jucu

Para avaliar os impactos ambientais causados em decorrência do vazamento de óleo combustível marítimo (bunker), ocorrido na segunda-feira (05), em Marechal Floriano, técnicos da equipe de fiscalização do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) estão realizando o levantamento da área impactada para avaliar a extensão atingida pelo produto e fiscalizando a retirada do mesmo. A empresa Transvalente, responsável pelo transporte da carga, receberá multa com valor proporcional aos danos ao meio ambiente e prejuízos à população.

Na tarde dessa quarta-feira (07), a equipe de Análises e Parâmetros Laboratoriais do Iema esteve no local do acidente para nova vistoria e coleta de água e solo. Além disso, também foram coletadas amostras de água nos locais de captação para abastecimento da população em Marechal Floriano, e nas regiões de Seringal, em Vila Velha, e Caçaroca, em Cariciaca.

Histórico

O caminhão estava carregado com 32 toneladas do óleo quando tombou na BR-262. O produto, além de atingir o solo, escoou para o rio Fundo, afluente do braço sul do Rio Jucu, e para o rio Jucu, comprometendo a vegetação às margens dos cursos d’água. A equipe de fiscalização do Iema chegou ao local no dia do acidente, por volta das 13 horas, e deu início aos trabalhos de identificação da área atingida e dos impactos ambientais.

A Transvalente foi notificada pelo órgão na segunda-feira (05) e, por volta das 15h30, deu início ao trabalho de remoção e contenção da substância por meio de barreiras em pontos estratégicos dos rios e o bombeamento com sucção a vácuo da água oleosa.

Até o momento, foram retirados do local uma carreta com 30 mil litros de água misturada ao óleo e aproximadamente 22 toneladas de resíduo sólido atingido pelo vazamento.

O aumento do volume e da velocidade da água devido às fortes chuvas contribuiu para o escoamento da substância, que já alcançou as proximidades da Grande Vitória, comprometendo o abastecimento público, maior preocupação do órgão.

A Transvalente será multada de acordo com a Lei Estadual nº 7.058/02, que estipula multas que variam entre R$ 50,00 e R$ 50 milhões para danos causados ao meio ambiente. A definição deste valor levará em conta os impactos causados aos meios abiótico (água e solo) e biótico (fauna e flaura) e à sociedade.

A Transvalente só será desmobilizada após análise feita pelo Iema a respeito da remoção e contenção do produto no local do acidente e do vazamento.

Cabe ressaltar, que o Estado possui características que o deixam vulnerável a acidentes ambientais como o fato de ter vários portos instalados em sua costa, atividades no setor de petróleo e gás de forma cada vez mais intensa e tráfego de transporte de cargas perigosas devido a sua localização estratégica na Região Sudeste.

Como forma de prevenção, o Iema vem atuando em parceira com o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar Ambiental (PMES), a Defesa Civil e a Polícia Rodoviária Federal. Para isso, o órgão conta com um setor específico para atendimento a acidentes, com infraestrutura para atender emergências e constante capacitação.

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