Chico Salles leva ‘Sergio Samba Sampaio’ a Afonso Cláudio

* Redação FMZ

 

Lançamento do selo Pagodiscos, de Zeca Pagodinho, com produção de José Milton e Henrique Cazes, que também assina os arranjos, “Sergio Samba Sampaio”, novo CD do paraibano, mas carioca de coração, Chico Salles revela uma faceta da vasta obra do capixaba Sérgio Sampaio, mostrando sua paixão antiga pelos sambas-canções e suas letras bem humoradas, inteligentes e ainda atuais. O show de lançamento chega ao Centro Cultural José Ribeiro Tristão, em Afonso Cláudio, no próximo dia 05 de junho, com entrada franca.

 

Chico leva o show para apresentações gratuitas em cinco cidades do Estado natal de Sergio, o Espírito Santo – com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura- Secult. No próximo mês, Salles se apresenta dia 05, quinta, em Afonso Cláudio; dia 06, sexta, em Linhares, e dia 07, sábado, em Montanha. A apresentação será às 20 horas.

 

O álbum conta com convidados luxuosos: Zeca Baleiro, que lançou o projeto O “Balaio de Sampaio”, em 1998, e agora divide os vocais com Chico no samba “História do Boêmio”, de Raimundo Fagner em “Cada Lugar na Sua Coisa”, e o legítimo sambista Zeca Pagodinho em “Polícia, bandido, cachorro, dentista”, todas de autoria de Sampaio.

 

Chico vai estar acompanhado de alguns dos melhores músicos cariocas: Marcelo Caldi (acordeom), Henrique Cazes (cavaquinho), Tiago Prata (violão de 7 cordas)e Beto Cazes e José Leal (percussão)

 

O projeto vem contribuir para recolocar o nome de Sergio, que integra a galeria de “malditos” da MPB, junto com Jards Macalé, Jorge Mautner, Itamar Assumpção, Torquato Neto, e Arrigo Barnabé, na ordem do dia. O capixaba tem sido “redescoberto” num culto novíssimo e nada saudosista em torno do artista que passou pela música brasileira “preso ao rabo de um cometa”. 

 

“A ideia deste CD surgiu depois ouvir novamente, tempos depois, os LPs do Sergio Sampaio”, conta Chico Salles. “Reler Sergio Sampaio é se atualizar com a picardia e irreverência brasileira. Nada é mais contemporâneo na nossa música popular”.

 

No roteiro, além das músicas do CD, como “Odete”, “Nem assim”, “O que pintar, pintou”, “História do boêmio” e “Cada lugar na sua coisa”, uma versão instrumental de “Leros, boleros”, também do Sergio, e ainda músicas do repertório forrozeiro de Chico Salles, e um final que junta o grande sucesso do Sérgio, “Eu quero é botar meu bloco na rua” com um cordel escrito pelo Chico que resume a trajetória do homenageado.

 

Mais sobre Chico Salles

 

Chico Salles já lançou cinco discos, todos na ceara do forró, mas com pitadas de sambas: “Confissões” (2000), “Nordestino Carioca” (2002), “Forrozando” (2005), pelo qual foi indicado como melhor disco e melhor cantor na categoria regional ao Prêmio TIM de Música, hoje Prêmio da Música Brasileira, “Tá no Sangue e no Suor” (2007) e “O Bicho Pega” (2010).

 

Paraibano de Souza, ele chegou ao Rio de Janeiro nos anos 70. Forrozeiro, cantador e cordelista, membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel desde maio de 2007, onde ocupa a cadeira nº. 10, que originalmente pertencia a Catulo da Paixão Cearense, sempre circulou com desenvoltura pela cidade, incorporando a ginga do samba carioca à força da música da suas origens sertanejas. Nos anos 80, conheceu os redutos do samba carioca através de seu amigo trapalhão Mussum – com quem travou parcerias musicais e fundou o bloco Elas e Eles em 1985. Outras parcerias que surgiram naquela época – e perduram até hoje – foram com Noca da Portela, Roberto Serrão e Beto Moura.

 

Hoje, Chico Salles já tem uma carreira consolidada, circula entre as melhores rodas de samba e forró do Rio de Janeiro e participa de vários projetos. Além disso, ganhou concursos de melhor samba enredo em vários blocos da cidade, nos anos 90, como Simpatia é Quase Amor, Barbas, Elas e Elas, Banda da Barra e Vem Cá me Dá.

 

Com esta vivência, Chico mostra em “Sérgio Samba Sampaio” todo o seu cacife para tirar do baú músicas do compositor pouco conhecidas do público, que tem como referência na memória apenas seu hit “Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua”, de 1972, que ganhou o Festival Internacional da Canção ao ser apresentada no Maracanãzinho, naquele ano.

 

Henrique Cazes ressalta o quanto Sampaio sabia fazer samba com qualidade e originalidade. “Muitos dos sambas do disco não foram gravados originalmente como sambas clássicos e agora ficaram mais valorizados com esse tipo de instrumentação (violões, cavaquinho, acordeom, muita percussão) e arranjo. Sérgio fazia samba como uma forma de transgressão, já que a ‘máquina’, a gravadora, o mercado, esperava que ele fosse pop. Ele fala disso na letra do Velho Bandido. Ele transgredia dentro da própria transgressão”, completa o músico e arranjador.

 

“Gravar Sérgio Sampaio hoje é de enorme importância”, opina José Milton, um dos grandes produtores da história da MPB, “pois ele foi fundamental pra música brasileira; deixou vários discos bons. Era um compositor talentoso, um poeta cru, explícito na veia”.

 

Serviço

Show – Chico Salles – Sérgio Samba Sampaio

Entrada: gratuita

Classificação: livre

 

05 de junho (quinta-feira)

Afonso Cláudio, no Centro Cultural José Ribeiro Tristão

 

Horário: 20h

 

06 de junho (sexta-feira)

Linhares – Palco Aberto (Festa de Caboclo Bernardo).

Horário: 22 horas

 

07 de Junho (sábado)

Montanha, no Teatro Municipal

Horário: 20hs

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