Fiscalização rigorosa para destinação irregular de resíduos de café

* Leandro Fidelis

(leandro@radiofmz.com.br)

 

Brejetuba está descascando muito café este ano. O município, na Região Serrana, é referência em qualidade e deve produzir 100 mil sacas especiais nesta safra. Só que alguns produtores, apesar de orientados, estão descartando a água residuária do café, altamente poluidora, diretamente nos córregos.

 

O problema é corrente na localidade de Brejaubinha, de onde vem a água que a Cesan capta para tratamento e distribuição aos moradores da Sede. Essa semana, o tratamento de água teve que ser interrompido por duas vezes, sendo a primeira falta d’água no último domingo (17) quando a cidade comemorava a Festa do Café.

 

Técnicos do Instituto Estadual de Meio Ambiente- Iema, acionados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, estiveram em Brejetuba na última terça-feira (19). Cinco propriedades foram vistoriadas, mas o problema não foi identificado.

 

A paralisação do tratamento ocorreu novamente quarta-feira (20). Na quinta, fiscais do Iema, em conjunto com a Polícia Ambiental, vistoriaram novamente os despoldadores e notificaram um produtor em flagrante descartando a água residuária do café direto no córrego. O despolpador foi interditado, e o produltor multado irá responder a processo por se tratar de crime ambiental. A ação mais uma vez prejudicou o abastecimento de água na Sede.

 

O Iema e a Polícia Ambiental vão continuar vistoriando os despolpadores de Brejaubinha, porque acredita-se que o descarte pode estar ocorrendo em outras propriedades.

 

Segundo o operador da Estação de Tratamento, o problema aumenta a partir de sexta-feira à noite e durante os finais de semana quando os órgãos fiscalizadores não estão presentes. Porém, devido à gravidade da situação, as equipes estarão de plantão e podem ser acionadas a qualquer momento.

 

O trabalho da Polícia Ambiental continua em todo o município e será intensificado durante todo o período da safra do café, que vai até final de agosto

 

O secretário Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, José Orli Págio, disse que sua equipe tem trabalhado incansavelmente na assistência técnica aos produtores, disponibilizando máquinas para a abertura de poços para depósito da água residual. “Nossa meta é produzir café de qualidade, mas sem agredir o meio ambiente.”

 

Por meio de sua coordenadoria de comunicação empresarial, a Cesan informou que será feita uma análise da água coletada na próxima segunda-feira (25), mas não há risco de doenças para os moradores. “Só registramos um incômodo com a água por causa do cheiro e do sabor, alterados com a contaminação do córrego.”

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