André Guarçoni Martins, pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), está avaliando os efeitos da aplicação de nitrogênio e potássio nas plantações de morango. A pesquisa, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Espirito Santo (Fapes), visa selecionar a melhor combinação de doses para maior produtividade e qualidade dos frutos.
O pesquisador explica que também está levando em consideração as combinações que reduzam o ataque do ácaro rajado e que promovam menor salinização do solo, sendo determinadas adequadas aquelas que proporcionem maior aproveitamento em todas as variáveis estudadas. Com isso, esperamos reduzir o desperdício de insumos, elevar a renda líquida dos agricultores, aumentar a sustentabilidade da região produtora de morango e dar maior suporte para o programa capixaba Morango Saudável, afirma.
O financiamento da pesquisa, pela Fundação, foi empregado na aquisição de recursos necessários para execução do estudo, como materiais para produção no campo e de utilização nos laboratórios.
Os resultados constatados até o momento revelam que as doses que proporcionaram maior produtividade estão abaixo das usualmente utilizadas. Para André Guarçoni Martins, isso indica que há um gasto excessivo por parte dos agricultores. Os resultados mais importantes estão revelando uma provável redução na utilização de fertilizantes e de agroquímicos, sendo necessárias, apenas, modificações na forma de aplicação e de condução da cultura.
A pesquisa desenvolvida irá apresentar aos agricultores, principalmente, os resultados ligados ao manejo da cultura, e aos profissionais competentes da área as recomendações relativas a dosagens e combinações de potássio e nitrogênio. André Guarçoni destaca que o financiamento permite que esses resultados sejam apresentados e repassados à comunidade científica e aos produtores, visando, no primeiro caso, a contínua evolução das tecnologias, e, no segundo, uma melhor qualidade de vida.