Representantes da empresa de tecnologia de frutas espanhola, Planasa, que trabalham no Chile e no Brasil, se reuniram com técnicos do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), para conhecer a cadeia produtiva e as lavouras de morango no Espírito Santo. O encontro foi realizado nesta segunda-feira (26), na sede do Instituto em Vitória.
A reunião foi com o chefe de pesquisa do Incaper, José Aires Ventura, o pesquisador e coordenador do Polo de Morango, César Teixeira, o diretor geral da Planasa no Chile, Afonso Labajos e o representante brasileiro da empresa, Marcelo Melarato. “Esta visita representa a força da cultura do morango no Espírito Santo. Eles irão conhecer duas comunidades na região Serrana, a de Forno Grande, em Castelo, e de Garrafão, em Santa Maria de Jetibá”, comentou César.
O pesquisador acrescenta que a empresa pretende conhecer os agricultores familiares das regiões visitadas para futuramente criar parcerias com o Incaper, para a produção de novas variedades no Estado, como a Saborosa/Candonga, Sabrina e Cristal. “A empresa pretende distribuir três milhões de mudas destas variedades no Estado, caso as cooperativas e os agricultores dêem sinal positivo para o cultivo destas variedades, que são mais resistentes a pragas e doenças, reduzindo a utilização de defensivos agrícolas”, frisa César.
A produção de morango no Espírito Santo deve atingir uma média de dez mil toneladas no final da safra – que teve início em maio e termina em novembro – aumentando em 20% a colheita alcançada em 2010. O Estado possui mais de 240 hectares de plantação, envolvendo diretamente mais de 1.400 agricultores de base familiar.
Por meio do projeto Morango Mais Saudável, a produção no Estado será certificada de acordo com cada lavoura, observando a qualidade e a produção com baixo impacto ambiental.
Morango Mais Saudável
O projeto Morango Mais Saudável, lançado em agosto de 2011, será implantado em quatro anos e levará conhecimento técnico aos agricultores de base familiar, sobre as boas práticas agrícolas e a produção integrada. Os frutos serão diferenciados pela sua excelência em qualidade e sustentabilidade da atividade, pautados pela rastreabilidade, controle e monitoramento da aplicação de agrotóxico, na adoção de medidas que evitem a contaminação microbiológica e física, no manejo adequado da cultura, o uso de tecnologias recomendadas pelo Incaper, além de capacitação dos agricultores.
O projeto foi concebido, discutido e elaborado envolvendo diversas instituições dos setores públicos e privados.