Na manhã desta quinta-feira (09), 15 produtores de arábica de Água Doce do Norte, dos distritos de Santo Agostinho e Córrego Azul, seguem para o Sul capixaba para um intercâmbio. O encontro será realizado das 8 às 16 horas, em Brejetuba, onde os cafeicultores do Noroeste capixaba vão visitar a sala de degustação de café, na Casa do Agricultor, e propriedades rurais localizadas na Sede. O grupo irá acompanhar os relatos de cinco produtores rurais que cultivam a mesma variedade e conquistaram boa produtividade com a implantação de novas tecnologias.
De acordo com Evandro Braga Nunes, extensionista do Incaper, a iniciativa faz parte do programa Renovar Arábica, desenvolvido pela Seag e executado pelo Incaper, e busca reforçar a melhoria da qualidade das lavouras. Será uma conversa entre os próprios produtores, sem muitas intervenções dos técnicos que irão acompanhar e coordenar o intercâmbio, explica.
Evandro acrescenta que os relatos buscam apresentar informações sobre o plantio de novas variedades, espaçamento mais adensado e incremento da produção de café despoupado, vendido a melhor preço. Ele complementa, ainda, que o trabalho diferenciado feito em Brejetuba resulta no alcance de maiores lucros e, inclusive, é realizado por pequenos agricultores.
Segundo o extensionista, Água Doce do Norte produz tanto conilon quanto arábica. Entretanto, a partir do Programa Renovar Arábica, os esforços estão voltados para o desenvolvimento desta variedade. A região é alta e não admite o plantio de conilon em diversas áreas. Mas, vemos isso como um diferencial. E, neste contexto, podemos aprender muito com Brejetuba, afirma.
Em Água Doce do Norte, a produção de arábica gira em torno de 18 mil sacas por colheita. São 220 propriedades que ocupam, no total, uma área de 900 hectares. Já em Brejetuba a produção deve ultrapassar a média neste ano, chegando a 380 mil sacas. No município, as 1.100 propriedades que cultivam o café arábica ocupam 20 mil hectares.