Calamidade pública em Santa Leopoldina

O município de Santa Leopoldina passou pela segunda maior enchente da história da cidade. A afirmação é do prefeito Ronaldo Prudêncio, que decretou situação de calamidade no município. Segundo ele, a enchente do final de semana foi comparada com uma ocorrida nos anos 60.

No inicio da noite de sábado, uma forte chuva atingiu todo o município e fez com que o nível do Rio Santa Maria subisse rapidamente e alagasse praticamente toda a cidade. Teve ruas que a água atingiu mais de três metros de altura. Em algumas localidades do interior, só domingo após o meio dia foi possível o acesso. Mesmo assim precário.

A estimativa da Defesa Civil do município é de que pelo menos 600 pessoas foram afetadas diretamente pelas inundações e quedas de barreiras, que atingiram dezenas de casas e comércios. Na localidade de Barra do Mangaraí, mais de 300 pessoas estão abrigadas em uma quadra de esportes.

“O Governo do Estado já está enviando alimentos e colchões para fornecermos às famílias atingidas. Equipes do Corpo de Bombeiros de Vitória e dos Bombeiros Voluntários de Santa Maria de Jetibá nos ajudaram muito. O nível do rio Santa Maria já abaixou e o acesso para Cariacica está sendo restabelecido”, informou o prefeito.

Até a sede da prefeitura foi tomada pela água. “Começou a chover forte por volta de 19 horas de sábado, como se fosse uma tromba d’água. Em seguida o nível do rio subiu muito rápido e não deu tempo de salvar muita coisa. A sede da prefeitura ficou inundada, carros ficaram submersos e alguns documentos da Secretaria de Obras foram perdidos”, lamenta Prudêncio.

O coordenador da Defesa Civil do município, Eloiso Felizberto Santana, o Bineca, contou que quando a chuva iniciou ele foi até uma região, na Sede, que havia risco de deslizamentos, e insistiu para as famílias saírem. Minutos após conseguir retirar as pessoas uma avalanche de lama atingiu cerca de 18 casas.

“Muitas dessas pessoas que estavam nessa região são meus parentes. Um pouco antes da tempestade eu subi no morro e me lembrei do caso dos deslizamentos de Santa Catarina. Eu me emocionei muito, mas graças a Deus todos estão bem porque saíram a tempo. As casas estão condenas, pois a qualquer momento pode acontecer uma avalanche maior e arrasar com tudo”, contou.

A rodovia que liga o município a Santa Maria de Jetibá, ficou interditada devido a quedas de dezenas de barreiras. No início da manhã deste domingo (1º), a prefeitura de Santa Maria enviou máquinas para auxiliar na limpeza da cidade.

BR-262 fica seis horas interditada

A noite e a madrugada de sábado foram registradas diversas quedas de barreiras e de árvores em Domingos Martins e Marechal Floriano. Por volta de 23 horas de sábado, uma barreira deslizou e interditou a BR-262 na altura do quilômetro 38, em Santa Isabel, Domingos Martins.

Máquinas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) passaram a madrugada obstruindo a rodovia. Por volta de 5h de ontem, outro deslizamento interditou novamente a BR-262. Dessa vez foi no quilômetro 35. Formaram-se filas de mais de dois quilômetros nos dois sentidos da pista.

Somente às 11 horas deste domingo o trânsito foi restabelecido. O motorista do ônibus da dupla sertaneja Rian e Richard, Dário Faé, contou que por pouco o barranco não atinge o ônibus, que voltava de um show na região. “Eu vi que estava rolando pedras e terra e freie a poucos metros do deslizamento. Só deu tempo de parar e a pista ser tomada por lama e pedras. Fomos salvos por poucos segundos”, relata o motorista.

Mesmo com a trégua da chuva na região, ainda há risco de barreiras deslizarem em diversos pontos da pista entre Viana e Venda Nova do Imigrante. Outro perigo para os motoristas é o grande número de buracos existente ao longo de toda a rodovia.

Árvores caem em viaturas da Polícia Ambiental

Por ironia do destino, as viaturas da Polícia Militar Ambiental, que normalmente são usadas em ações para proteger o meio ambiente, sofreram com a força da natureza. Por volta de 23 horas do último sábado, um barranco e árvores deslizaram e caíram em cima de três viaturas da Polícia Ambiental e de um carro particular de um policial militar.

Os veículos estavam estacionados ao lado do prédio onde funciona a Secretaria de Meio Ambiente e o destacamento da PM de Domingos Martins, na entrada de Campinho. Enquanto os bombeiros cortavam as árvores, outro susto, mais uma parte da barreira deslizou e uma árvore caiu em cima do caminhão do Corpo de Bombeiros. Ninguém ficou ferido. Duas viaturas e o carro do policial Valter Lírio Junior tiveram a lataria amassada e vidros quebrados.

* Nova Comunicação

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