Com 761 amostras de café foram inscritas na 11ª edição do Prêmio de Qualidade para os Cafés das Montanhas do Espírito Santo, realizado pela Real Café Cafuso em parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Empresas Tristão, Ueshima Coffee Company- UCC, Sebrae e Bandes. O evento é coordenado pela Cooperativa dos Cafeicultores das Montanhas do Espírito Santo (Pronova).
Os produtores classificados cultivam o café em 16 municípios capixabas. Das amostras inscritas, foram selecionadas 55 após etapas de análise visual, dos defeitos por xícaras e duas provas para classificação por nota, classificando os melhores cafés de todos os municípios participantes.
Os finalistas terão em suas propriedades auditorias dos critérios sócio-ambientais, analisando a rastreabilidade dos cafés, o uso de fertilizantes e de defensivos agrícolas, além da analise da gestão do solo, colheita e pós colheita e os critérios das boa práticas voltadas para preservação do meio ambiente e a conservação dos recursos naturais. A segurança e saúde do trabalhador também conta nesta etapa de avaliação, que equivale a 20% da nota final dos cafés. Após as auditorias, o concurso fará as provas sensoriais que equivalem a 80% da nota final.
O evento irá premiar e anunciar os vencedores do concurso no dia três de dezembro deste ano. Os 10 primeiros colocados receberão certificados de qualidade e prêmios em dinheiro. O décimo, nono e oitavo lugares receberão R$ 1 mil, o sétimo colocado receberá R$2 mil, o sexto R$ 3 mil, o quinto, R$ 4 mil e o quarto lugar receberá do concurso o prêmio no valor de R$ 5 mil reais. Os vencedores das três primeiras posições receberão R$ 10 mil para o terceiro lugar, R$ 15 mil para o segundo, e R$ 20 mil para o primeiro lugar.
Os lotes de cafés, inscritos desde o início das avaliações, se estiverem 100% enquadrados nos padrões estabelecidos pelo concurso, serão comprados pela organização do evento, a partir da cotação da Bolsa de Mercadorias e Futuros, para serem comercializados.
O Prêmio reconhece os melhores produtores de café da variedade arábica, cultivada de forma sustentável nas montanhas capixabas, além de incentivá-los na busca constante da melhoria da qualidade, como meio mais eficaz de conquistar novos mercados e atender à crescente demanda por produtos diferenciados.
Antes do prêmio, haverá um Seminário Sócio-Economico-Ambiental da atividade café para os 55 finalistas. As palestras acontecem no dia dois de dezembro e tem o objetivo de difundir as experiências de empresas e cafeicultores consagrados, para aprimorar os produtores participantes do concurso.
“Esse prêmio incentiva muita gente a melhorar a qualidade do café. O prêmio em dinheiro ajuda na hora da colheita, pois se pode usar para pagar contas que ficam. Após os prêmios, meu café melhorou muito a qualidade”, afirma o cafeicultor de Castelo José Leandro Romão, vencedor da edição de 2002.
Para o vencedor da edição de 2008, José Antônio Debone, cafeicultor de Castelo, o prêmio mudou para melhor sua lavoura: “Fizemos investimentos na propriedade e bens para nossa família. Todos ficamos felizes e mais unidos. Capricharemos mais nos próximos anos para produzir café de qualidade”, ressalta.
“Somos o Estado com a maior produtividade de café do Brasil e isso é fruto das várias tecnologias aplicadas à produção de café no Espírito Santo, aliadas à competência dos nossos cafeicultores”, destaca o diretor-presidente do Incaper – Evair Vieira de Melo, ao explicar que as tecnologias no campo agregam valor ao produto e causam menos impacto ambiental nas propriedades. “Quanto mais tecnologias tivermos no campo, mais qualidade teremos no grão e melhores cafés representarão a cafeicultura capixaba no exigente mercado atual”.
Conheça os finalistas!
Àgnes Zibel Trabach- Brejetuba
Alessandro José Côco- Brejetuba
Alexandre Areias Duber- Brejetuba
André Ludovico Krohling- Marechal Floriano
Anilton Afonso Miniguite- Vargem Alta
Arilson Ferreira Kiefer- Afonso Claudio
Arnaldo Falqueto- Venda Nova do Imigrante
Carlos Alberto Altoé- Castelo
Clarindo Busato- Marechal Floriano
Cloves Antonio de Miranda- Irupi
Costantino Krolhing- Marechal Floriano
Cristina de Souza Amorim Côco- Brejetuba
Dalmo Ruckdeschel- Afonso Claudio
Danusia Falqueto Caliman- Venda Nova do Imigrante
Delmo Ruckdeschel- Afonso Claudio
Eliadir Sousa Mendonça- Afonso Claudio
Elidione Sousa Mendonça- Afonso Claudio
Elves Sidney Fardim- Itarana
Evandro Cisconetti- Castelo
Fabío Covre- Santa Teresa
Gabriel Francisco Krohling- Marechal Floriano
Gelsam Caetano Busato- Marechal Floriano
Geraldo Francisco Casagrande- Itaguaçu
Geraldo Grinewald- Itarana
Gilberto Brioschi- Venda Nova do Imigrante
Gustavo Ludovico Krolhing- Marechal Floriano
Hiltan Breda- Marechal Floriano
Ismael Fim- Castelo
Jeorge Delpupo- Afonso Claudio
José Alexandre Abrel de Lacerda- Dores do Rio Preto
José Augusto C. Gussão- Castelo
Jose Coco Camporez- Brejetuba
José Lino Avance- Venda Nova do Imigrante
José Rodolfo Delpupo- Afonso Claudio
Joselino Meneguete- Brejetuba
Laerte Carlos Venturin- Vargem Alta
Licinio Shimdt- Santa Maria de Jetibá
Madalena Zambom Delatorre- Afonso Claudio
Marcelo Krohling- Marechal Floriano
Márcia Lopes Benica- Castelo
Marcos Marchioro- Vargem Alta
Margareth Vieira Gomes Dal Zili- Afonso Claudio
Maria Tereza Vicente da Silva- Afonso Claudio
Mário José Zardo- Castelo
Onofre Alves de Lacerda- Dores do Rio Preto
Pedro Vanderly Zambon- Afonso Claudio
Reginaldo Santos- Afonso Claudio
Renata vargas Rigo Sousa- Conceição do Castelo
Renato Afonso Zucoloto- Vargem Alta
Roberto Paulucio- Muniz Freire
Joelso Ancelmo Braga- Afonso Claudio
Solimar Venturim- Vargem alta
Valci Herinque Rach- Marechal Floriano
Valdecy Luiz Evald- Marechal Floriano
Vanderli Borgo- Marechal Floriano
Café Arábica no Espírito Santo
O arábica é produzido em 43 municípios capixabas – em regiões com altitude superior a 500 metros -, envolvendo 20 mil propriedades. Cerca de 70% da produção advém das regiões do Caparaó e Serrana, sendo que os principais municípios produtores são Brejetuba, Iúna, Vargem Alta, Muniz Freire, Irupi, Ibatiba. A safra 2011/2012 do café arábica é de mais de 3,078 milhões de sacas.