Lutador de Venda Nova do Imigrante se destaca em competições de Jiu-jitsu

 

Aos 30 anos de idade, sendo 11 deles dedicados ao Jiu-jitsu, o lutador Jeferson Driusso tem se destaco em competições do esporte em diversos municípios capixabas. Mesmo com a pandemia, o atleta segue com os treinos e está se preparando para uma competição internacional no dia 31 de janeiro em Guarapari. Seu nome também já está confirmado na "Castelo Confere", evento que será realizado no município de Castelo. Na ocasião, seu oponente será um atleta de nivel nacional. 

 

Em entrevista, Jeferson, natural de Conceição do Castelo e morador de Venda Nova do Imigrante, conta um pouco sobre sua carreira, bem como sua rotina de treinos, as competições que participou e os planos para este ano. O atleta também explica como iniciou no esporte e as dificuldades superadas em mais de uma década de dedicação ao Jiu-jitso. Confira!

 

 

P1: Qual esporte você pratica atualmente? Você sabe a origem dele?

O esporte que eu prático se chama Jiu-jitsu. Esse esporte é de origem japonesa, porém foi aqui no Brasil que ele se desenvolveu com a família Gracie.  Em 1914, Mitsuyo Maeda, um mestre em artes marciais japonês, veio para o Brasil em uma excursão, e aqui ele conheceu Carlos Gracie, irmão mais velho de Hélio. Mitsuyo ou Conde Coma, como era chamado, começou a ensinar Carlos Gracie essa arte chamada Jiu-jitsu, Hélio que era um menino mais franzino passou a aprender e adaptar aquela arte marcial de acordo com que ele mais fraco pudesse lutar contra oponentes maiores. Assim, nasceu o Jiu-jitsu brasileiro ou como é chamado hoje em dia "Brazilian Jiu Jitsu". Hoje, o Jiu-jitsu tem graduações de faixas para distinguir o quanto você está evoluindo dentro do esporte. Se inicia na faixa branca, logo em seguida tem a faixa azul, roxa, marrom e preta. São os níveis de graduação básico do esporte. Após a preta tem algumas faixas mas e basicamente isso mesmo. 

 

P2: Qual foi sua última competição e qual foi o resultado?

A última competição que pratique foi o Sulamericano da confederação CBLP. Nessa competição eu fiquei em terceiro lugar após lesionar meu olho na semifinal onde inclusive eu estava ganhando a luta por 5×2. Este campeonato foi o primeiro que eu lutei na faixa Marron. 

 

Jeferson campeão do Open Venda Nova de Jiu-jitsu em 2016.

 

P3: Como é sua rotina de treinos e como funciona seu treinamento? Você concilia o esporte com sua profissão?

Então, sobre a rotina de treinos é basicamente definida em três treinos por semana. Segunda, quarta e sexta-feira no Instituto Caminhos da Razão.  Nosso professor se chama Ederson Pereira, com quem eu treino desde a faixa branca. É muito difícil a rotina! Como eu trabalho no ramo agrícola eu não tenho muito tempo definido para chegar em casa após o trabalho. Porém, eu faço o máximo possível para conseguir conciliar trabalho com esporte. Não posso deixar de mencionar que nos dias do treino eu consigo fazer meu trabalho durante o dia. Chego do serviço e vou direto para a academia de musculação. Faço meu treino rápido e focado e logo após vou para o Instituto Caminhos da Razão, onde nós treinamos o Jiu-jitsu, e uma rotina muito puxada, mas para quem é apaixonado pelo esporte vale a pena se esforçar. Preciso mencionar também que uma alimentação boa e essencial para conseguir manter o ritmo.

Nos treinos de Jiu-jitsu é ensinado muito respeito, disciplina e a luta em si. Temos a parte de alongamentos que é muito importante. O treino físico para melhorar a performance e a luta que é a melhor parte (rsrs).
O Jiu-jitsu é muito importante pois querendo ou não você aprende a se defender em possíveis ocasiões de combate. Para as mulheres e muito bom pois podem se livrar de possíveis agressores e tem aquela ideia de que é bom ter e não precisar do que precisar e não ter.

 
Nosso professor vem fazendo um excelente trabalho, pois temos vários lutadores graduados lá que tem muito potencial dentro do esporte, inclusive recentemente foi formado mais um faixa preta na academia. 

 

Jeferson e a equipe Alo do Instituto Caminhos da Razão de Venda Nova do Imigrante.

 

P4: com a pandemia, como foi sua rotina de treinos e as competições desde março até agora? 

Neste período da pandemia, mais precisamente no início onde tivemos lockdwn, os treinos foram suspensos devido às normas de segurança. Com isso, para manter um ritmo, eu passei a fazer exercícios de aeróbico, saia para correr, fazia caminhadas em trilhas de cidade, era basicamente isso. Logo após quando foi sendo liberado a abertura do comércios, eu voltei para a academia de musculação onde retornei o treinamento de força e resistência. 

Foi liberado também os treinos no Instituto, onde voltamos a treinar o Jiu-jitsu lá pelos meados de agosto e setembro se não me engano, foi quando eu comecei a me preparar para lutar o Sulamericano em novembro. No momento, os treinos foram suspensos pois Venda Nova entrou novamento no Risco Alto de contaminação.

 

P5: como foi o seu início no esporte? O que te motivou? Se inspirou em alguém? 

Meu início no esporte. Então, eu já era muito fã de lutas, assistia eventos como K-1 Grand Pix, Pride onde tinham vários brasileiros muito bons de Jiu-jitsu como, Ricardo Arona, Rayan Gracie, Vitor Belfort, Wanderley Silva entre outros.

Em 2008, um amigo que inclusive lutava MMA profissional me apresentou, assim vamos dizer, o Jiu-jitsu, modalidade que eu via na TV. Fiz alguns treinos e me interessei. Em 2009, meu atual professor, o Ederson, passou a puxar os treinos aqui e foi quando eu iniciei e não parei mais. Neste período de 11 anos no esporte, eu fiquei um período de três anos treinando muito pouco por questões familiares, mas nunca abandonei o esporte.

 

Campeonato Sulamericano de Jiu-jitsu profissional da CBLP. Terceiro lugar – 2016.

 

P6: quais são suas competições futuras? O que está confirmado ou o que pode vir a confirmar para este ano de 2021?

Minhas competições futuras. Até o momento, eu já estou inscrito em uma competição internacional da AJP que e o "Abu Dhabi Grand Slam de Jiu-jitsu" que este ano será em Guarapari no dia 31 de janeiro. Outra competição que estou confirmado é o "Castelo Confere", um evento muito bom que valoriza bem os atletas com premiação em dinheiro aos vencedores. No momento, o certo são essas duas competições, porém existem os estaduais de outras duas confederações que são a FEJJES e a FCJJE que devido à pandemia ainda não estão confirmados. Porém, eu planejo lutar os eventos destas federações.

Existe também uma federação a nível nacional que é a CBJJ ( Confederação brasileira de Jiu jitsu), em que os melhores do Brasil sempre estão presentes. Eu ainda não participei de um evento deste nível porque falta muito apoio ao esporte inclusive aqui na nossa cidade. Eu costumo custear tudo do meu bolso e fica muito caro pagar academia, suplementação, fisioterapia quando me lesiono; tem também as viagens e inscrições. Hoje em dia, pelo menos as inscrições quem está bancando para que eu lute é o Instituto Caminhos da Razão presidida pelo meu grande amigo Paulinho da Ótica.

Acredito que a cidade com grandes empresários que existem aqui, poderiam olhar melhor para as modalidades de lutas, pois temos vários atletas bons, não só no Jiu-jitsu mas também no Karatê. Se eu conseguisse mais apoio poderia estar lutando em mais eventos e inclusive eventos a nível nacional.

 

 

P7: Quais as competições que participou até aqui?

A listagem de competições não e muito extensa até porque como eu disse a cima, eu praticamente custeio tudo do meu bolso praticamente para competir e ainda preciso conciliar vida pessoal com treinos e competições mas, vamos lá:
 

– Fui campeão da III Copa Cachoeiro de Jiu-jitsu.
(Faixa Branca)

– Terceiro lugar no Sulamericano de Jiu-jitsu profissional da CBLP
(Faixa azul)

– Segundo colocado no Open Castelo de Jiu-jitsu.
(Faixa Azul)

– Segundo lugar na Copa COB de Jiu-jitsu em Guarapari.
(Faixa Azul)

– Campeão do Open Venda Nova de Jiu-jitsu.
(Faixa Azul)

– Campeão na categoria de Peso e Absoluto da 1° Copa Itapemirim de Jiu-jitsu.
(Faixa Azul)

– Vice Campeão no Open Gladiador em Cariacica.
(Faixa Azul)

– Terceiro Lugar no Sulamericano de Jiu-jitsu profissional.
(Faixa Azul)

 

*Não competi na faixa roxa pois foi um período muito ruim na minha vida pessoal.

 

Atualmente minha primeira competição na Faixa Marron que antecede a preta.

 

Terceiro lugar no Sulamericano de Jiu-jitsu profissional.

 

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