Mais de 200 pessoas, entre representantes de agricultoras, pescadoras, assentadas e quilombolas, técnicos do Incaper e de diversos municípios capixabas, participaram, no último dia 6, do lançamento do projeto “Mulheres Empreendedoras e Inclusão Social”, desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio do Incaper com o apoio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Pelo projeto, 600 mulheres que já trabalham em atividades ligadas à confecção de vestuário, peças decorativas ou utilitárias e usam o material como principal matéria-prima, receberam tecidos e aviamentos. Elas integram 40 grupos produtivos de 20 municípios capixabas. O objetivo da ação é promover a geração de emprego e de renda entre as participantes.

O evento, realizado na unidade de armazenamento da Conab, em Vitória, contou com a presença do vice-governador, Ricardo Ferraço, do secretário de Estado da Agricultura, Ricardo Santos, do diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, e de diversas autoridades federais e municipais.

Ricardo Ferraço disse que o projeto reforça o princípio do cooperativismo e de valores que são fundamentais ao relacionamento humano. “À medida que a oportunidade é oferecida, as pessoas têm a capacidade de se revelar e exercer a criatividade. Esse é o papel do Governo, promover parcerias, fortalecer a atividade rural em nosso Estado. Este é o ponto de partida para integrar ainda mais as nossas comunidades rurais”.

Para o secretário de Agricultura, todo o trabalho voltado ao campo tem o único objetivo de contribuir para a felicidade da família rural. “A agricultura familiar só sobrevive se for diversificada, e essas artesãs estão fazendo isso. Precisamos criar novas fontes de renda no interior. É uma homenagem que o Governo faz à criatividade, capacidade de empreendedorismo da mulher capixaba. Esse é o reinício de um trabalho da mais alta importância para a agricultura familiar, que se iniciou na antiga Acares”, recorda Ricardo Santos.

Já Evair Melo considera que a maior conquista dessa ação é o fortalecimento das entidades e da sociedade civil organizada. “As ações do Governo têm o objetivo de promover a inclusão social através dos incentivos, que vão desde a doação da matéria-prima até a capacitação técnica e o auxílio para gerir a produção, o que fará dessas mulheres empreendedoras rurais, com novas perspectivas. Com renda, vocês conseguirão realizar seus sonhos”, salientou.

Durante a cerimônia de lançamento do projeto, houve a entrega simbólica dos tecidos a duas artesãs, representando todos os grupos beneficiados. A senhora Mariângela Grillo Fassarella, da Associação Meninas Bordadeiras, do distrito de Burarama, em Cachoeiro de Itapemirim, e a senhora Cléia da Silva Costa, da Associação Mulheres Rurais de Degredo, Linhares, receberam os kits das mãos do vice-governador e do secretário Ricardo Santos.

O projeto

De acordo com a coordenadora das Atividades Não Agrícolas do Incaper, Durnedes Maestri, a partir do lançamento do projeto, terá início uma nova fase para esses grupos produtivos. “Em parceria com outros órgãos, e por meio dos escritórios locais, vamos capacitar essas mulheres e acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos, além de medir a geração de renda e a produção, entre outros itens”, observa.

A coordenadora de Comercialização da Agricultura Familiar do Incaper, Piêra Aoki, destaca outro aspecto do evento: “O projeto vai fortalecer e desenvolver os grupos, de forma a integrá-los. Vamos trabalhar para melhorar a auto-estima das mulheres”.

As beneficiadas na primeira ação do “Mulheres Empreendedoras e Inclusão Social” fazem parte de um grupo que já trabalha com tecidos na área de artesanato. Para se informar sobre futuros projetos sociais desenvolvidos pelo Governo do Estado e destinados a agricultores, pescadores, assentados ou quilombolas, basta procurar os escritórios do Instituto, presentes em todos os municípios capixabas.

Os materiais foram adquiridos pelo programa Fome Zero, do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS). O projeto “Mulheres Empreendedoras e Inclusão Social” será desenvolvido por dois anos, sob a coordenação do Incaper, em parceria com prefeituras e a sociedade civil organizada.